Jairam Ramesh, ministro do Meio Ambiente na Índia, afirmou que, “assim como Harry Potter, existe uma fascinação estranha por corujas de estimação entre as crianças da classe média urbana”. O depoimento foi feito após a apresentação de relatório feito pela organização internacional TRAFFIC, que estudou o tráfico ilegal de corujas no país.
Segundo o documento, 15 das 30 espécies de corujas nativas do território indiano são caçadas e vendidas vivas para serem usadas em rituais de magia negra – mas algumas vão parar nas casas dos pequenos pottermaníacos, como conta Abrar Ahmed, relator do documento.
Ahmed diz que se interessou pelo estudo do tráfico de corujas na Índia após o pedido da esposa de um amigo, que queria dar uma coruja branca de presente de aniversário ao seu filho de 10 anos – o tema da festa era Harry Potter. O pesquisador confeccionou duas corujas de papel e presenteou o garoto. Mas essa não parece ser a opção mais comum dos pais.
O principal fator de risco para corujas selvagens, no entanto, segundo o relatório, são os rituais de magia negra, que costumam sacrificar as aves em dias “auspiciosos”. Hoje, por exemplo, começa o grande festival das luzes na Índia, o Diwali, que dura cinco dias. Durante este festival, diversos sacrifícios de aves são realizados ilegalmente.
O tráfico de animais selvagens está proibido na Índia desde 1972, porém cerca de 1023 corujas (ou partes delas) foram identificadas por Abrar Ahmed em 16 anos de investigação, em sua procura nos mercados negros indianos.
A explosão em uma supernova é um fenômeno complexo estudado pelos cientistas há mais de 50 anos. Uma das grandes dificuldades é entender o passo a passo dela. Cientistas liderados pelo astrofísico Adam Burrows da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, criaram um modelo de computador que pela primeira vez permitiu simular o fenômeno em 3 dimensões. “A natureza é 3D, mas até recentemente era difícil fazer simulações em 3D”, disse ao iG Burrows.
A falta de um modelo tridimensional fez com que os estudos na área emperrassem pois os astrofísicos não conseguiam entender a física por trás do fenômeno utilizando modelos em uma ou duas dimensões. No artigo, os pesquisadores escreveram inclusive que “pode até ser o caso de que o impedimento maior para o progresso da teoria das supernovas nas últimas décadas tenha sido não há falta de conhecimento dos detalhes físicos, mas a falta de acesso a computadores capazes de simular com propriedade o fenômeno do colapso [em supernovas] em 3D”.
O trabalho, publicado recentemente na revista Astrophysics Journal, foi feito por supercomputadores de Princeton e do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, também nos Estados Unidos, que demoraram entre uma semana e um mês para fazer as simulações e partiram do pressuposto que a explosão de uma supernova não é bonitinha no formato de uma esfera, mas totalmente assimétrica e afetada pelas instabilidades dentro do seu núcleo como na imagem que ilustra este texto. Um detalhe curioso: os computadores demoraram todo este tempo para simular um fenômeno que ocorre em cerca de um segundo (veja video abaixo com a simulação).
Em entrevista ao site Brave Words, o baterista original do Alice Cooper Group, Neal Smith, declarou que ele, Alice, Michael Bruce (guitarras, teclados) e Dennis Dunaway (baixo) se reuniram em estúdio e já gravaram algumas músicas a serem lançadas no futuro. A produção está a cargo de Bob Ezrin, que já trabalhou com o grupo nos clássicos Love it to Death (1971), School's Out (1972), Billion Dollar Babies (1973) e Welcome to My Nightmare (1975, já com Alice Cooper como artista-solo). Em declarações registradas no passado, Alice descrevia Ezrin como "o nosso George Martin".
Além disso, os músicos se reunirão no palco em dezembro, na cidade de Phoenix, Arizona, para a já tradicional apresentação de Natal organizada pelo vocalista. O objetivo do evento é angariar fundos para a Solid Rock Foundation, instituição que ajuda centros recreacionais para jovens.
Paul McCartney no Brasil. Três shows em novembro. Um em Porto Alegre, no Beira-Rio, dia 7. E dois em São Paulo, no Morumbi, dias 20 e 21. Antes de fazer as contas de quanto gastará para ver os shows obrigatórios, pense em um detalhe. Quem está por trás da esticada do lado comercial do Beatles no Brasil? Qual empresa pagará os US$ 2,5 milhões por cada show a Paul? Quem pôde assegurar os cerca de US$ 15 milhões, já que cada show exige US$ 5 milhões de investimento? A Planmusic. Quem? A subsidiária de uma empresa muito conhecida. Senta e chora, palmeirense. A Traffic. A investidora que parou de colocar jogadores importantes no clube. A parceria travou quando o Palmeiras não se garantiu na Libertadores deste ano. Os seguidos vexames só estimularam os donos da Traffic a pensarem nos Beatles. O retorno é garantido. O lucro fantástico com Henrique e Keirrison não foi o bastante para segurar este amor. Ao não ter o retorno esperado com Cleiton Xavier. E a perda dos R$ 10 milhões com Diego Souza, fez os cofres se fecharam de vez. Pensar que Montillo, Farias, Deivid foram oferecidos... Mas que Palmeiras, o quê?! A sugestão da empresa é, no máximo, convidar todos a irem ao Morumbi e ao Beira-Rio. Pagando, lógico. E cantar, a pleno pulmão, o tema musical do clube de Salvador Hugo Palaia e Felipão.
A nova edição da revista Classic Rock mostra até agora o mais detalhado relato dos últimos dias de Jim Morrison, incluindo uma entrevista com Sam Bernett, o homem que reivindica que Morrison morreu na boate que estava gerenciando naquela noite, a Rock’N’Roll Circus. E a Classic Rock Magazine publicou em um texto online os relatos de Bernett do que aconteceu naquela noite fatal, cuja tradução segue abaixo:
Entrevista: Max Bell
Sam Bernett: Eu estava na boate aquela noite, 2 de julho, e Jim entrou por volta da uma da manhã, 3 de julho. Ele estava no bar, como era usual. Ele estava com alguns amigos que eu não conhecia. Ele estava esperando as pessoas trazerem alguns produtos para Pamela (nota do tradutor: ex-namorada de Jim Morrison). Ele estava esperando. Ele bebia, nós nos falamos, eu o ouvia. Eu estava ocupado como o gerente do clube. Eu não estava sempre próximo a ele. Eu trouxe a ele alguns drinks. Alguns caras vieram e então, por uns 20 minutos, ele não estava mais no bar. Ele desapareceu. Então a garota responsável pela chapelaria do andar de cima… me procurou.
Ela estava preocupada porque uma porta tinha sido trancada já havia um bom tempo e as pessoas estavam reclamando que não conseguiam entrar. Eles bateram na porta, alguém aí? Sem resposta. Então eu verifiquei com ela. Nenhuma resposta mesmo. Eu não sabia que Jim estava atrás da porta. Eu chamei meu segurança para arrombar a porta e lá dentro estava Jim. Sentado no banheiro sem reação, como se estivesse dormindo ou nocauteado, suas calças ligeiramente abaixadas. Ele estava sentado com sua cabeça para baixo e seus braços para baixo, como um cara morto.
Eu o agitei. Eu o olhei no rosto, sem reação. Ele tinha espuma no nariz e nos lábios. Eu falei para a garota conseguir um médico. Eu tinha um amigo, um cliente, lá toda noite – ele estava no clube. Ele veio, olhou para Jim, e começou um pequeno check-up. (Então) ele me olhou e disse: “Esse cara está morto”. Eu disse imediatamente: “Chamem os bombeiros, os paramédicos!” De repente dois caras que tinham estado no clube com Jim vieram e disseram: “Ele não está morto, ele só está um pouco acabado. Não chamem a polícia, não chamem sua família, nós o levaremos de volta pra casa”
Eu disse: “Não, isto é impossível. Nós temos que chamar a polícia e os médicos”. “Não”, eles disseram, “esqueça. Nós o levaremos para fora do clube. Nós podemos usar a porta dos fundos? Não a porta da frente”. “Não! Não podem”. Então o dono da boate foi chamado, todo mundo se dispersou – não Paul Pacini (o dono da boate), o braço direito de Jim. Ele disse: “Não chamem a polícia, nós não queremos encrenca. Eles fecharão o clube e nós teremos um escândalo”
Eu disse: “Você não pode fazer isso“. E ele disse: “Eu sou o chefe, você faz o que eu digo”. Os dois caras o pegaram e o levaram para fora do clube através do Alcazar (o clube vizinho ao Circus), então o levaram para a porta de entrada do clube oposto à Rua de Seine e que dá entrada para o Circus. O clube estava fechado, o cabaré tinha acabado, exceto poucas pessoas que olhavam para ver o que estava acontecendo.
A partir daí eu não sei o que aconteceu. Eles o levaram para o apartamento. Eles me contaram que o colocaram na banheira e esperaram por uma hora e meia as pessoas chamarem os paramédicos. Pâmela estava no apartamento, fora de si, gritando. Estava completamente transtornada.
Quando eu escrevi meu livro (publicado na França em 2007, The End – Jim Morrion) (nota do tradutor: O fim – Jim Morrison) eu fui à polícia e aos paramédicos. O bombeiro me contou que ele sabia que Jim tinha morrido mais cedo. “Esse cara já estava morto por algumas horas”. O comissário de polícia me contou a mesma coisa: “Nós sabíamos que havia alguma coisa errada com a história”. Eu não sei o porquê, mas ele disse: “É verão – olhe, eu estou saindo de férias amanhã”. Ele queria encobrir algo rapidamente, então ele assinou os papéis. Ele não acreditou na história que lhe contaram no apartamento. Foi estranho e falso, mas ele já tinha ido.
Eu não pude te contar [os nomes de] algumas pessoas que estavam no clube. Eu não pude colocá-los no meu livro [por razões legais]. Mas eu estou dando a vocês meu relato de vítima. O que aconteceu depois e o porquê dos policias e todo mundo mais que não me contaram a verdade, que encobriram algo, eu não entendo. Meu amigo médico estava certo de que Jim estava morto. Eu não irei dizer seu nome porque ele está morto, mas sua família ainda está viva.
Eu esperei 35 anos para contar minha história porque eu fiquei de saco cheio com as pessoas me fazendo perguntas toda as vezes em que a data da morte de Jim está próxima. Minha esposa disse: “Pare de se lamentar e escreva seu livro então”. Eu não mantive minha boca fechada antes disso – eu apenas não fui à imprensa por vontade própria. Eu me lembro de um jantar em que eu estava sentado próximo à mãe do Oliver Stone – isso foi quando ele estava fazendo o filme de Jim e dos The Doors. E eu contei a ela: “Olhe, eu sei o que aconteceu, se seu filho estiver interessado”. Eu contei a ela o que eu sabia, porém Stone não se incomodaria com aquela versão. Talvez ela nunca tenha lhe contado. Mas você sabe, a versão americana da morte do Jim é tolice. Sem sentido. A versão francesa está perto da verdade. Os americanos são ingênuos.
Você já chegou a pensar que o episódio da heroína foi apenas um horrível engano? Que ele pensou que estivesse tomando cocaína, por exemplo?
Sam Bernett: Sim, eu penso freqüentemente que ele tomou heroína por engano. É possível, claro. Ou era a heroína para Pâmela ou na verdade para ele? Mas não foi a primeira vez que ele se drogou. Eu não acho que ele estava tentando cometer suicídio. Não havia razão para ele cheirar heroína 90% pura, mas talvez aquilo foi seu erro. Aquela coisa era forte o suficiente para matar você em menos de um minuto se você não soubesse o que estava fazendo.
Mas você vê, a heroína era muito comum no cenário underground em Paris, especialmente entre os músicos. Muito mais comum do que a cocaína que ainda era muito rara. A heroína era grande com o “demi monde, a la mode” com pessoas como Chet Baker (nota do tradutor: trompetista famoso de jazz norte-americano), a droga circulava especialmente com os caras do jazz nos clubes no Latin Quarter.
Quanto a Morrison, eu sei que ele ficava de saco cheio de ser um artista pop. Ele queria ficar em Paris e escrever sua poesia. Isso é o que ele sempre me contou. "Estou cansado de The Doors. Eu quero desistir".
O Criacionismo, como tudo no universo, também evolui. Mas, diferente de muitas outras coisas que apenas mudam sem ter necessariamente algum parâmetro, há uma nítida característica na evolução criacionista. Ou seja, o Criacionismo está submetido aos mesmos princípios de Seleção Natural, Adaptação e Sucesso Reprodutivo, que permeiam a evolução dos seres vivos. Em síntese, a evolução do criacionismo se dá no sentido de adaptá-lo, ou não, aos ambientes.
CRIACIONISMO MITOLÓGICO
Essa primeira fase é caracterizada pela pura e simples leitura literal da Gênese como explicação para as origens, ignorando qualquer forma de explicação alternativa. Não havia diálogo com a ainda recente tradição evolucionista. Os poderes políticos locais onde o fundamentalismo cristão era forte simplesmente criaram leis para proibir o ensino do Evolucionismo.
O exemplo mais famoso é o Butler Act, do estado do Tennessee A lei, de 1925, tem esse nome devido a seu criador, o fazendeiro John Washington Butler(que era “deputado” local na “Câmara” representativa do estado). Ele admitia não conhecer coisa alguma sobre Teoria da Evolução, mas estava convencido de que ela era perigosa.
Verdade seja dita, não era uma lei muito severa. Previa no máximo uma multa de 500 dólares para o infrator, ainda que naquela época esse valor fosse relativamente bem maior do que é hoje. De qualquer modo, a pena praticamente não chegou a ser aplicada devido a lei praticamente não ter sido violada. (Observe que ela não proíbe o ensino de evolucionismo em geral, mas sim somente a origem evolutiva humana.) Embora tenha sido objeto de debates e críticas em diversas instâncias jurídicas, ela só foi definitivamente removida da legislação estadual em 1967.
Mas foi desta lei que, em 1926, ocorreu o famoso episódio Scopes Trial, também conhecido como "Julgamento do Macaco". Onde o professor John Scopes, orientado pela União Americana pelas Liberdades Civis deliberadamente violou a lei para chamar atenção para o absurdo jurídico e educacional que a caracterizava. Episódio este que gerou repercussão mundial e inspirou o filme Inherit The Wind.
Não fosse o caso Scopes e toda a imagem negativa que causou nos estados que adotaram tais leis, que ficaram com a pecha de retrógrados em plena era de modernização, é possível que o Fundamentalismo Cristão tivesse ficado satisfeito com o modo como as coisas eram, e assim como estava bem adaptado às Igrejas, o Criacionismo ficasse estacionado em sua espécie jurídica.
Mas as leis não puderam impedir que a evolução continuasse a ser ensinada, e sem conseguir eliminar o evolucionismo das escolas, o Criacionismo só tinha uma opção: EVOLUIR!
CRIACIONISMO "CIENTÍFICO"
Não tenho relatos de um único exemplo de alguém que tenha abandonado o cristianismo, ou deixado de se converter, por causa da Evolução Biológica ou qualquer outra questão naturalista. Mesmo assim os Criacionistas acham que a Teoria da Evolução é uma ameaça a sua fé, e então, para defendê-la, decidiram que ela não era suficiente. Não bastava a Bíblia, Deus e Jesus. A Fé precisava do apoio do Ciência.
O Criacionismo "Científico" é um conjunto de recursos argumentativos que visa mostrar que a Criação conforme entendida literalmente na Gênese. É um evento que pode ser inferido por evidências na natureza, da mesma forma como a Evolução é. Na verdade, vão mais longe. Apesar de nunca terem dado um único passo no estudo da natureza antes do evolucionismo, passaram a dizer que na verdade somente a criação era sustentada pelas evidências.
Evidentemente, é um ponto de partida bem complicado, pois EVOLUÇÃO, sendo TRANSFORMAÇÃO, é um FENÔMENO FACILMENTE OBSERVÁVEL. Pode não ser fácil observar uma longa série de transformações, e é evidentemente impossível observar toda a série de transformações ocorrida nos bilhões de anos passados. Mas isso não muda o fato de, em algum nível, EVOLUÇÃO É FATO. Se suas conseqüências estão sendo exageradas, é uma outra discussão.
Por outro lado, CRIAÇÃO NÃO É OBSERVÁVEL EM NÍVEL ALGUM. Não se pode ver sequer uma Micro-Criação para supor uma Macro-Criação. Simplesmente não há Criação alguma, em lugar algum, e nem sequer pode ser concebida sem violar o Primeiro Princípio da TERMODINÂMICA.
Portanto, o fundamento primário da "Ciência" Criacionista é absolutamente inexistente. Uma suposição cuja única alegação não vem nem sequer da Bíblia, onde também NÃO EXISTE CRIAÇÃO A PARTIR DO NADA. Para qualquer linha de pensamento que se proponha entrar na definição de ciência, isso é mais do que suficiente para inviabilizar a empreitada.
Além do mais, isso explica porque de fato não há uma única proposição científica criacionista. O Criacionismo "Científico" é, basicamente, uma série de críticas ao modelo evolutivo, da quais parte vem do próprio evolucionismo, parte vem da filosofia, e a maior parte pura e simplesmente de inverdades acerca do modelo evolutivo. O motivo da rejeição é o óbvio fato de que o Criacionismo "Científico" não se trata de ciência, mas sim de apologética religiosa, mesmo que, nos manuais produzidos para o ensino secular, se tenha tido o cuidado de suprimir a maior parte dos conteúdos abertamente teísticos e bíblicos. Como, no entanto, foi impossível disfarçar o teor religioso proselitista, isso levou ao outro motivo que é o simples fato de, sendo os EUA um país oficialmente laico, não pode patrocinar nem favorecer religião alguma por meio do aparelho estatal, que era exatamente a intenção dos criacionistas.
Enquanto o criacionismo anterior pretendia eliminar diretamente o evolucionismo, sem nenhuma condolência e pela pura e simples força autoritária, este, o Criacionismo "Científico", pretendia competir com ele, no terreno educacional extra religioso,
CRIACIONISMO "FILOSÓFICO"
Foi demonstrado juridicamente aquilo que é cientificamente consolidado e filosoficamente claro, que o Criacionismo não pode ser Ciência, e não pode deixar de ser uma Ideologia religiosa. Para todos os efeitos práticos, os criacionistas admitiram esse veredicto, tanto que o utilizaram em sua nova estratégia, que é acusar o Evolucionismo de ser da mesma natureza, isto é, uma CONSPIRAÇÃO IDEOLÓGICA, e não rara considerá-la como uma forma de "Religião Humanista".
Essa nova modalidade de criacionismo, não por acaso, irá se evidenciar na década de 1980, quando os criacionistas viram suas pretensões educacionais serem definitivamente frustradas. Dessa forma, partem para uma recuperação da velha estratégia, tentar impedir o ensino do evolucionismo. Não possuindo mais os poderes legais para uma simples proibição direta autoritária, tentaram então usar o mesmo argumento que os derrubou a seu favor, acusando o evolucionismo de não ser ciência, e como tal, também não poder ser ensinado em escolas. Diferente dos estágios anteriores, porém, há algo de válido no cerne dessa abordagem. É que evidentemente cabem críticas filosóficas ao modelo evolucionista, e a qualquer modelo científico, mas a Biologia tem a especialidade de ser uma área científica menos matematizada e mais voltada a sistemas complexos que as demais ciências naturais, o que torna uma teoria tão vasta e histórica como a Teoria da Evolução singular entre as demais teorias científicas. A Estrutura da Revolução Biológica. Ademais, essa nova forma de Criacionismo permite trazer para dentro do debate elementos e pensadores de peso, como Filósofos da Ciência e Epistemólogos, fazendo as críticas ao modelo evolutivo irem muito além das meras propostas teológicas e de críticas ingênuas de teor científico, ou mesmo desonestas. Exatamente por essa complexidade maior, no entanto, pode-se dizer que essa forma de criacionismo é muito menos popular que a anterior, e normalmente está quase sempre atrelada a outras. Em especial a próxima, a qual ajudou muito a se desenvolver.
Infelizmente, a maior repercussão foi baseada na acusação de o evolucionismo ser uma forma de religião, e se o estado não pode subvencioná-la, não poderia ela ser ensinada em escolas. Alguns exemplos foram os casos Segraves (1981) e Peloza (1994).