quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Richard Dawkins

Richard Dawkins' Speech at Protest the Pope March (YouTube)


No começo eu fiquei tão revoltado quanto todo mundo
por causa das primeiras palavras que o Papa disse assim que pousou em Edimburgo,
culpando os ateus pelas atrocidades de Hitler e outras do século XX.
Mas então fiquei contente com isso,
porque pra mim, de uma certa forma o que isso mostra
é que eles estão tão incomodados com a gente!
que ele foi forçado ao expediente ignominioso
de nos atacar para desviar a atenção
dos verdadeiros crimes que foram cometidos em nome da Igreja Católica.
Posso só imaginar...
Eu posso só imaginar as discussões nos corredores do poder do Vaticano:
"Como vamos distraí-los da sodomia com garotos?"
E a resposta: "por que não atacamos os secularistas, os ateus,
por que não os culpamos pelo hitlerismo?"
Hitler, Aldolf Hitler, foi um católico romano.
Foi batizado, nunca renunciou ao batismo.
A marca de 5 milhões de britânicos católicos é retirada
presumivelmente dos registros de batismo.
Não acredito numa palavra disso,
não acredito que há 5 ou 6 milhões de britânicos católicos,
pode haver 5 ou 6 milhões de batizados,
mas se a Igreja quer alegar que esses são católicos,
então terá que reivindicar Hitler como um católico!
(Palmas)
No mínimo Hitler acreditava numa providência personificada,
falou disso várias vezes,
e era presumivelmente a mesma providência que
foi invocada pelo cardeal arcebispo de Munique em 1939,
quando Hitler escapou da morte
e o cardeal proferiu um "Te Deum" especial na catedral de Munique:
"para agradecer à providência divina, em nome da arquidiocese, pela feliz escapada do Führer."
Vou ler um discurso feito em Munique, coração da Bavária católica,
em 1922, e eu deixo para vocês adivinharem de quem é:
"Meu sentimento como cristão aponta-me para meu Senhor e Salvador como um lutador,
aponta-me para o homem que, uma vez na solidão, cercado por poucos seguidores,
reconheceu esses judeus por quem eles eram, e chamou os homens para lutar contra eles,
[...]
... e que - verdade de deus - foi maior não como sofredor mas como um lutador. No meu amor sem limites com Crisão e como homem eu leio a passagem que nos conta como o Senhor finalmente se levantou em seu poder e tomou do chicote para expulsar do Templo a raça de víboras e vendilhões. Como foi maravilhosa a sua luta contra o veneno Judeu. Hoje, depois de dois mil anos, com a mais profunda emoção eu reconheço mais do que nunca antes o fato de que foi por isso que ele teve que derramar o seu sangue na Cruz."
Esse é apenas um dos muito discrusos, e passagens no Mein Kampf, onde Hitler invocou o seu Cristianismo. Não é de estranhar ele ter recebido um apoio tão caloroso de dentro da hierarquia Católica da Alemanha. E o antecessor de Bento, Pio XII, não é inocente, como mostrou de forma devastadora o escritor católico John Cornwell, em seu livro O Papa de Hitler.
Seria pouco gentil me deter demais nesse ponto, mas o discurso de Ratzinger em Edinburgo na quinta-feira foi tão desgracioso, tão hipócrita, tão ressoante do som de pedras jogadas de dentro de uma casa de vidro, que senti que precisava responder.
Mesmo que Hitler tivesse sido um ateu - e Stalin mais provavelmente era - como o Ratzinger ousa sugerir que o ateismo tem qualquer conexão com os seus atos terríveis? Não mais que a descrença de Hitler e Stalin em duendes ou unicórnios. Não mais do que o fato de ostentarem um bigode - assim como Franco e Saddam Hussein. Não há nenhum camingo lógico do ateísmo para a maldade. Isto é, a menos que você esteja imerso na repulsiva obscenidade que é o cerne da teologia Católica. Eu me refiro (e devo esse ponto a Paula Kirby) à doutrina do Pecado Original. Essas pessoas acreditam - e ensinam isso a criancinhas, ao mesmo tempo que lhes ensinam a terrível falsidade do inferno - que todo bebê "nasce em pecado". Esse seria o pecado de Adão, por falar nisso: o mesmo Adão que, eles mesmos agora admitem, nunca existiu. Pecado original significa que, a partir do momento em que nascemos, somos maus, corruptos, condenados. A menos que acreditemos no deus deles. Ou a menos que caiamos no conto da "cenoura" do céu e o castigo do inferno. Isso, senhoras e senhores, é a nojenta teoria que os leva a presunir que foi a irreligiosidade que tornou Hitler e Stalin nos monstros que foram. Somos todos monstros a menos que sejamos deimidos por Jesus. Que teoria vil, depravada e desumana em que se basear a vida.
Joseph Ratzinger é um inimigo da humanidade.
Ele é inimigo das crianças, cujos corpos ele permitiu que fossem estuprados e cujas mentes ele encorajou que fossem infectadas pela culpa. Fica embaraçosamente evidente que a igreja se preocupa menos em salvar os corpos das crianças de estupradores do que em salvar as almas dos padres do inferno: e mais preocupado em salvar a reputação permanente da própria igreja.
Ele é inimigo dos homossexuais, conferindo a eles o tipo de intolerância que a sua igreja costumava reservar aos Judeus.
Ele é inimigo de mulheres - barrando-as do sacerdócio como se um pênis fosse um atributo essencial para exercer os deveres pastorais. Que outro empregador teria permissão para discriminar com base no sexo, quando está contratando para uma função que claramente não exige força física ou alguma outra característica que só se imagina que homens tenham?
Ele é inimigo da verdade, promovendo mentiras deslavadas sobre preservativos não protegerem contra AIDS, especialmente na Àfrica.
Ele é inimigo das pessoas mais pobres deste planeta, condenando-os a famílias numerosas que não conseguem alimentar, e assim mantendo-os na escravidão da eterna pobreza. Uma pobreza que combina muito mal com a obscena riqueza do Vaticano.
Ele é inimigo da ciência, obstruindo a pesquisa vital com células-tronco [embrionárias], com base não na moralidade mas na superstição pré-científica.
Menos sério do meu ponto de vista, Ratzinger é até mesmo inimigo da igreja da própria Rainha, arrogantemente endossando o menosprezo de um antecessor das Ordens Anglicanas como "absolutamente nulas e totalmente inválidas", enquanto tenta sem nehuma vergonha na cara induzir vigários Anglicanos a escorar seu próprio sacerdócio em patético declínio.
Finalmente, talvez a minha maior preocupação pessoal, ele é um inimigo da educação.
Sem considerar o dano psicológico permanente causado pela culpa e medo que tornou a educação católcia algo abjeto no mundo inteiro, ele e sua igreja fomentam a doutrina educativamente perniciosa de que a evidência é uma base menos confiável para a crença do que fé, tradição, revelação e autoridade - a autoridade dele.

Máquina para gravar sonhos é possível

Um pesquisador nos Estados Unidos afirmou que tem planos para criar um dispositivo eletrônico de gravação e interpretação de sonhos.
Moran Cerf, do Instituto de Tecnologia de Pasadena, na Califórnia (oeste do país), afirma que a "leitura dos sonhos" é possível baseada em um estudo inicial que, segundo o cientista, sugere que a atividade de células individuais do cérebro, os neurônios, é associada a objetos ou conceitos específicos.
Em sua pesquisa Cerf descobriu que, quando um dos voluntários estava pensando na atriz Marilyn Monroe, um neurônio em particular foi ativado.
Ao mostrar a voluntários acordados que participaram de seu estudo uma série de imagens, Cerf e seus colegas conseguiram identificar neurônios que eram ativados pelos objetos e conceitos.
Ao observar qual neurônio se ativava e quando isso acontecia, os cientistas construíram uma base de dados para cada paciente.
Com ela, Cerf alega que é, efetivamente, capaz de "ler as mentes” dos voluntários.
Análise do sonho
Há séculos são feitas tentativas de interpretar os sonhos; no Egito antigo, por exemplo, eles eram considerados mensagens dos deuses.
Atualmente, análises de sonhos são usadas por psicólogos como uma ferramenta para compreender o inconsciente. Mas a única forma de interpretar os sonhos é perguntar para as pessoas depois que elas acordam.
O objetivo do projeto de Moran Cerf e sua equipe é desenvolver um sistema que daria aos psicólogos uma forma de corroborar as lembranças destes sonhos com a visualização eletrônica da atividade cerebral durante o sonho.
"Não há uma resposta clara para a razão de os humanos sonharem", disse Cerf. "E, uma das questões que gostaríamos de responder é quando nós criamos estes sonhos."
No entanto, o cientista admite que há um longo caminho antes que a simples observação das reações de um neurônio específico possa se transformar em um dispositivo para gravar sonhos. Mas Cerf acredita que existe uma possibilidade e ele gostaria de tentar.
Para isso, o próximo estágio de seu trabalho é monitorar a atividade do cérebro dos voluntários enquanto eles estão dormindo.
Os pesquisadores vão conseguir identificar imagens ou conceitos relacionados com os que estão arquivados em sua base de dados. Mas, esta base de dados pode, na teoria, ser construída. Por exemplo, ao monitorar a atividade dos neurônios enquanto o voluntário está assistindo um filme.
Eletrodos e sensores
Roderick Oner, psicólogo clínico e especialista em sonhos britânico, acredita que este tipo de visualização limitada pode gerar interesse acadêmico, mas, por outro lado, pode não ajudar muito na interpretação dos sonhos ou em terapias.
"Para isso você precisa da narrativa total e complexa do sonho", afirmou.
Outra dificuldade com a técnica proposta por Moran Cerf é que, para conseguir o tipo de resolução necessária para monitorar neurônios individuais, os voluntários teriam que ter eletrodos implantados profundamente, por um processo cirúrgico, no cérebro.
No estudo publicado na revista Nature, os pesquisadores americanos conseguiram os primeiros resultados ao estudar voluntários com o implante de eletrodos usados normalmente para tratar de convulsões cerebrais.
Mas Cerf acredita que a tecnologia de sensores está se desenvolvendo em um ritmo tão acelerado que, com o tempo, poderá ser possível monitorar a atividade do cérebro sem a necessidade de cirurgias.
"Seria maravilhoso ler as mentes das pessoas quando elas não podem se comunicar, como em pessoas em coma", disse o cientista.
Interface
Para o professor Colin Blakemore, da Universidade de Oxford, existe uma distância grande entre os resultados limitados obtidos no estudo do cientista americano e a possibilidade de gravar sonhos.
Já foram feitas tentativas de criar interfaces para traduzir pensamentos em instruções para controlar computadores e máquinas.
Mas, a maioria destas tentativas se concentrou em áreas do cérebro envolvidas no controle de movimentos. Os sistemas de monitoramento que Cerf pretende criar visam áreas mais sofisticadas do cérebro para poder identificar conceitos abstratos.
O cientista americano afirma que as pesquisas e usos de um dispositivo que lê a mente de outra pessoa são muitos.
"Por exemplo, em vez de escrever um email, você poderia apenas pensar o email. Ou, outra aplicação futurista, seria pensar em um fluxo de informações e ter estas informações escritas bem à sua frente", disse.


Fonte: BBC Br


~ Avanço tecnológico significa controle da mente, vida e privacidade? Think about!~

Cientista estima que exista vida inteligente em 38 mil planetas

Há civilizações inteligentes fora da Terra e elas poderiam estar presentes em até quase 40 mil planetas, segundo novos cálculos feitos por Duncan Forgan, um astrofísico da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

A descoberta de mais de 330 planetas fora de nosso sistema solar nos últimos anos, ajudou a redefinir o provável número de planetas habitados por alguma forma de vida, segundo um artigo de Forgan publicado na revista especializada International Journal of Astrobiology.
As atuais pesquisas estimam que haja pelo menos 361 civilizações inteligentes em nossa galáxia, e possivelmente 38 mil fora dela.
Mesmo que haja quase 40 mil planetas com vida, no entanto, é muito pouco provável que seja estabelecido qualquer contato com vida alienígena.
Pesquisadores apresentam estimativas de vida inteligente fora da Terra com frequência, mas é um processo quase que de adivinhação - estimativas recentes variam entre um milhão e menos de um planeta com alguma forma de vida.
"É um processo para quantificar nossa ignorância", disse Forgan.

Simulações
Em seu artigo, Forgan conta que criou uma simulação de uma galáxia parecida com a nossa, permitindo que ela desenvolva sistemas solares baseados no que se conhece a partir da existência dos planetas fora do nosso sistema solar - os chamados exoplanetas.
Esses mundos alienígenas simulados foram então submetidos a três cenários diferentes.
O primeiro cenário parte da premissa de que o surgimento da vida é difícil, mas sua evolução é fácil. Neste caso, haveria 361 civilizações inteligentes na galáxia.
O segundo parte do princípio de que a vida pode surgir facilmente, mas sua evolução para vida inteligente seria difícil. Nessas condições, a estimativa é de que haveria 31.513 outros planetas com alguma forma de vida.
O terceiro caso examina a possibilidade de que a vida poderia ter passado de um planeta para outro durante colisões de asteroides - uma teoria popular de como a vida surgiu na Terra.
Neste caso, a estimativa é de que haveria 37.964 civilizações inteligentes.

Suposições
Se, por um lado, a descoberta de novos planetas distantes e desconhecidos pode ajudar em uma estimativa mais precisa sobre o número de planetas semelhantes à Terra, algumas variáveis nesses cálculos continuarão sendo meras suposições.
Por exemplo, o tempo entre a formação de um planeta e o surgimento das primeiras formas de vida, ou deste momento até a existência de vida inteligente, são grandes variáveis em uma suposição geral.
Nesses casos, afirma Forgan, teremos que continuar partindo do princípio de que a Terra não é uma exceção.
"É importante nos darmos conta de que o quadro que construímos ainda está incompleto", disse o astrofísico.
"Mesmo que existam formas de vida alienígenas, nós não necessariamente conseguiremos fazer contato com elas, e não temos nenhuma ideia de sua forma."
"A vida em outros planetas pode ser tão variada como na Terra e não podemos prever como são as formas de vida inteligente de outros planetas, ou como elas se comportam", conclui.

Fonte: BBC Br

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Comissão aprova criação de juiz de garantias

Comissão especial do Senado que analisa o projeto do novo Código de Processo Penal – PLS 156/09 –, aprovou a criação do juiz de garantias. A medida, que deve ir a plenário na terça-feira, enfraquece os poderes de magistrados que atuam nas varas federais especializadas em delitos financeiros, evasão de divisas e lavagem de dinheiro – crimes que são alvo das operações espetaculares da Polícia Federal.
O juiz de garantias é um sistema que separa atribuições e responsabilidades. O magistrado de primeiro grau que decretar prisões temporárias ou preventivas, autorizar interceptações telefônicas e ordenar buscas e apreensões não mais poderá presidir a ação penal e julgar os alvos daquela apuração policial por ele deflagrada. O julgamento ficará sob responsabilidade de outro juiz, destinatário dos autos por distribuição.
O modelo já é utilizado pela Justiça estadual de São Paulo. Nunca, porém, foi aplicado na Justiça Federal, a quem se submete a PF, instituição que tem a missão de conduzir inquéritos sobre corrupção, fraudes e outros crimes contra a União.
Juízes federais criticam a iniciativa. Avaliam que o juiz de garantias os inibe e representa "retrocesso injustificado". Eles chamam a atenção para levantamento do Conselho Nacional de Justiça: cerca de 40% das comarcas no Brasil só têm um magistrado, o que inviabiliza o juiz de garantias para todo o País. Já na avaliação de advogados, criminalistas e juristas o juiz de garantias pode acabar com supostos abusos. Eles sustentam que alguns magistrados federais agem com parcialidade porque exercem dois papéis: dirigem as investigações e, depois, julgam os investigados.
A emenda 17, aprovada pela comissão especial do Senado, tem o senador Renato Casagrande (PSB-ES) como relator e estabelece que ao juiz de garantias caberá o controle da legalidade da ação da polícia e a preservação dos direitos do investigado. Hoje, em geral, o mesmo juiz que trabalha na fase de investigação é o que dá a sentença em primeira instância.
A justificativa para criação do juiz de garantias é assegurar a imparcialidade, facilitando identificação de eventuais abusos na etapa de investigação. E ajuda a evitar que o magistrado assuma convicções prévias. A emenda proíbe que sejam declarados impedidos de presidir as ações penais os juízes de comarcas ou seções judiciárias que tenham apenas um magistrado. O veto ao impedimento valerá enquanto não for aprovada uma lei de organização judiciária que disponha sobre criação de cargos ou formas de substituição.
"A proposta não traz qualquer vantagem visível, trará dificuldades práticas severas, é baseada em argumentos questionáveis, e, por melhores que sejam as intenções dos parlamentares, parece ser dirigida ao enfraquecimento dos poderes dos juízes de primeira instância", reagiu o juiz Sérgio Fernando Moro, titular da 2.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, que cuida de ações sobre crimes financeiros. Moro é categórico: "Dizer que a imparcialidade fica comprometida pela atuação do juiz na fase de investigação é falácia, pois o juiz não investiga, apenas autoriza medidas de investigação mais incisivas ou prisões, o que também pode fazer o juiz na fase da ação penal e, neste caso, o projeto não o considera impedido. Com tantos problemas no processo penal, como as ações que nunca terminam em decorrência dos inúmeros recursos propiciados pela legislação, causa estranheza que a principal proposta do novo código seja o juiz de garantias."
"A criação do juiz de garantias representará verdadeiro retrocesso injustificado no País", afirma o juiz Fausto Martin De Sanctis. "Quando um juiz faz o controle judicial das medidas cautelares solicitadas, como buscas, prisões e interceptações, não significa, absolutamente, comprometimento de sua imparcialidade. As sentenças absolutórias têm sido prolatadas também nestes casos, o que faz cair por terra a justificativa."
"A proposta é salutar, desde que também o juiz de garantias preserve a imparcialidade", adverte o criminalista Sérgio Rosenthal. "Medidas cautelares como buscas e interceptações estão banalizadas. São medidas graves que devem ser reservadas a casos extremos, institutos que devem ser utilizados com parcimônia e devidamente justificados. Inadmissível que toda operação de grande porte da polícia tenha como modus operandi esse tipo de medida."


Fonte: Estado de SP

Uma pizza de impunidade por favor!

TSE aceita julgar recurso de Maluf, barrado pela Ficha Limpa

Deputado federal eleito foi enquadrado em artigo que determina inegibilidade de condenados por improbidade

 Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram hoje (2) que o registro da candidatura de Paulo Maluf (PP-SP) a deputado federal pode ser julgado pelo tribunal. Por 6 votos a 1, o plenário derrubou o argumento do ministro relator, Marco Aurélio Mello. Ele alegou que a defesa de Maluf ajuizou recurso fora do prazo contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que negou o registro com base na Lei da Ficha Limpa.
No julgamento de hoje, os ministros não entraram na questão principal: se Maluf é ou não inelegível de acordo com a Lei da Ficha Limpa. Maluf foi enquadrado no artigo que determina a inelegibilidade de quem foi condenado por órgão colegiado por ato doloso de improbidade administrativa. A data do julgamento do recurso de Maluf não foi marcada.

Fonte: IG

~ Resta alguma dúvida, de que isso vai dar OUTRA bela pizzada?

PT amplia guerra com PMDB para controlar Correios e Banco do Brasil

Vera Rosa / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Diante da perspectiva de comandar o Ministério das Comunicações, o PT planeja desalojar o PMDB da direção da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). O pedido será encaminhado pela cúpula do partido à presidente eleita, Dilma Rousseff.
A ideia, no entanto, é passar um verniz de ‘desloteamento’ político nos Correios para apresentar a reivindicação como uma tentativa de profissionalizar a estatal, alvo de uma sucessão de crises nos últimos meses.
A direção do PT aposta que o futuro ministro das Comunicações será Paulo Bernardo, atual titular do Planejamento, e já começou a vasculhar uma das chamadas joias da coroa.
Há apenas quatro meses na presidência dos Correios, David José de Matos foi indicado pelo deputado Tadeu Filipelli (PMDB-DF), vice-governador eleito do Distrito Federal, mas também é amigo de Erenice Guerra, a ministra da Casa Civil que caiu em setembro, no rastro de acusações de tráfico de influência na pasta.
Mapa. Uma comissão formada por seis dirigentes do PT já começou a fazer o mapeamento dos cargos federais. A equação não é fácil de ser fechada porque o PT da presidente eleita Dilma Rousseff e o PMDB do futuro vice-presidente, Michel Temer (SP), dão cotoveladas em busca dos principais assentos para demarcar seus respectivos territórios.
O Ministério das Comunicações está sob controle peemedebista e a sigla só aceita abrir mão do pasta se levar Transportes, hoje capitaneado pelo PR.
O assunto foi avaliado na segunda-feira, 29, em reunião de Dilma com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o deputado Antonio Palocci, futuro chefe da Casa Civil. Desde setembro Bernardo atua como uma espécie de interventor nos Correios e faz um diagnóstico dos problemas da empresa, que não são poucos.
Banco do Brasil. Além de ocupar a cadeira mais importante dos Correios, o partido de Dilma também quer trocar o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini. A maior instituição financeira do País tem ativos de R$ 725 bilhões. Sem levar em conta o PMDB, que está de olho na presidência do Banco do Brasil, uma ala do PT pretende emplacar ali o atual secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa.
Em conversas reservadas, porém, interlocutores de Dilma admitem que a escolha será resultado de uma disputa de bastidores entre Palocci e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mantido no cargo. Tanto Mantega como Palocci, ex-ministro da Fazenda de 2003 a 2006, têm influência no banco.
Bendini chegou à cúpula do BB na cota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas até no Palácio do Planalto há quem defenda a sua saída, sob a alegação de que ele "não atende" as demandas políticas. Barbosa, por sua vez, tem cativado as tendências do PT.
Na sexta-feira, o secretário fez uma exposição sobre a conjuntura econômica durante seminário promovido pela chapa petista "O partido que muda o Brasil" e encantou os espectadores com seu discurso na linha desenvolvimentista. A portas fechadas, Barbosa disse que a maior preocupação, no governo Dilma, é como manter o processo de crescimento com o cenário internacional adverso.
Apesar da cobiça do PMDB, a presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda Ramos Coelho, deve ser mantida no posto.

Fonte: Estado de SP

Cientistas identificam enzima responsável pelo alastramento do câncer

Cientistas britânicos afirmam ter descoberto a enzima responsável pelo alastramento das células cancerígenas, um processo conhecido como metástase.
Em um estudo publicado na revista científica Cancer Cell, os pesquisadores afirmam que a enzima chamada LOX é crucial na evolução da metástase, que ocorre quando o câncer se espalha para outras partes do corpo. 

Em muitos casos de câncer, não é o tumor inicial que mata - o perigo está nas células que viajam para outras partes do corpo - um processo responsável por 90% das mortes relacionadas à doença.
O estudo indica que a LOX atua enviando sinais para preparar a área do corpo que será atingida pelas células cancerígenas. Segundo os cientistas, sem este processo de preparação, o ambiente pode ser muito hostil para possibilitar o crescimento do câncer.
Os pesquisadores do Instituto de Pesquisas do Câncer analisaram o processo em camundongos, mas estão confiantes de que as descobertas poderão ser aplicadas em humanos com diversos tipos de câncer.
Tratamento
De acordo com Janine Erler, responsável pelo estudo, a descoberta é "a peça chave que estava faltando do quebra-cabeças".
Erler afirma que se trata da primeira vez que uma enzima é identificada como responsável pelo alastramento da doença e a descoberta pode ajudar no tratamento do câncer.
"Se conseguirmos interromper a habilidade do corpo em preparar novas áreas para a chegada das células cancerígenas, podemos prevenir a metástase com eficácia", disse ela.
"É bastante difícil tratar a metástase do câncer e a nova descoberta oferece uma esperança real para o desenvolvimento de uma droga que possa combater a propagação da doença", afirmou.
Para Julie Sharp, diretora de informação da ONG britânica Cancer Research, que fomenta a pesquisa sobre a doença, a melhor compreensão sobre o processo de alastramento do câncer é crucial para aprimorar o tratamento contra doença.

"Essa pesquisa aproxima os cientistas do entendimento deste problema enorme. O próximo passo será descobrir como a enzima LOX pode ser desativada para impedir o alastramento da doença", disse

Fonte: BBC Brasil

sábado, 6 de novembro de 2010

FMI dá mais poder de voto a países emergentes

O Conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu mais poder aos países emergentes, incluindo o Brasil, durante uma reunião nesta sexta-feira.
Mais de 6% dos direitos de voto serão transferidos dos países com excesso de representação nações em desenvolvimento com mercados “dinâmicos”.
Com esse novo cenário, a China passa a ter agora a terceira maior voz na organização, atrás apenas de Estados Unidos e Japão e à frente de potências européias como Alemanha e Grã-Bretanha.
Outros países do BRICs – Brasil e Índia – também ganharam mais voz.
Isso porque, atualmente, são apenas cinco os países que ocupam o topo do quadro executivo do órgão: EUA, Japão, Grã-Bretanha, França e Alemanha.
Mas com as mudanças, esse grupo será expandindo para dez membros, incluindo, além da China, Brasil, Índia, Itália e Rússia.
As mudanças já haviam sido aprovadas no mês passado por ministros da Finança dos países do G-20, que se reuniram na Coreia do Sul.
Países emergentes já vinham ganhando mais influência no FMI. No entanto, a decisão desta sexta-feira é a mais importante até agora.
“Esse acordo histórico é a maior revisão de gestão nos 65 anos de vida do Fundo e a maior mudança de influências, o que vai favorecer os mercados emergentes e os países em desenvolvimento, para reconhecer o crescente papel que ocupam na economia global”, disse o diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ministro indiano culpa Harry Potter pela caça ilegal de corujas



Voe, Edwiges!

Jairam Ramesh, ministro do Meio Ambiente na Índia, afirmou que, “assim como Harry Potter, existe uma fascinação estranha por corujas de estimação entre as crianças da classe média urbana”. O depoimento foi feito após a apresentação de relatório feito pela organização internacional TRAFFIC, que estudou o tráfico ilegal de corujas no país.
Segundo o documento, 15 das 30 espécies de corujas nativas do território indiano são caçadas e vendidas vivas para serem usadas em rituais de magia negra – mas algumas vão parar nas casas dos pequenos pottermaníacos, como conta Abrar Ahmed, relator do documento.
Ahmed diz que se interessou pelo estudo do tráfico de corujas na Índia após o pedido da esposa de um amigo, que queria dar uma coruja branca de presente de aniversário ao seu filho de 10 anos – o tema da festa era Harry Potter. O pesquisador confeccionou duas corujas de papel e presenteou o garoto. Mas essa não parece ser a opção mais comum dos pais.
O principal fator de risco para corujas selvagens, no entanto, segundo o relatório, são os rituais de magia negra, que costumam sacrificar as aves em dias “auspiciosos”. Hoje, por exemplo, começa o grande festival das luzes na Índia, o Diwali, que dura cinco dias. Durante este festival, diversos sacrifícios de aves são realizados ilegalmente.
O tráfico de animais selvagens está proibido na Índia desde 1972, porém cerca de 1023 corujas (ou partes delas) foram identificadas por Abrar Ahmed em 16 anos de investigação, em sua procura nos mercados negros indianos.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Modelo de computador em 3D recria surgimento de supernova

A explosão em uma supernova é um fenômeno complexo estudado pelos cientistas há mais de 50 anos. Uma das grandes dificuldades é entender o passo a passo dela. Cientistas liderados pelo astrofísico Adam Burrows da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, criaram um modelo de computador que pela primeira vez permitiu simular o fenômeno em 3 dimensões. “A natureza é 3D, mas até recentemente era difícil fazer simulações em 3D”, disse ao iG Burrows.

A falta de um modelo tridimensional fez com que os estudos na área emperrassem pois os astrofísicos não conseguiam entender a física por trás do fenômeno utilizando modelos em uma ou duas dimensões. No artigo, os pesquisadores escreveram inclusive que “pode até ser o caso de que o impedimento maior para o progresso da teoria das supernovas nas últimas décadas tenha sido não há falta de conhecimento dos detalhes físicos, mas a falta de acesso a computadores capazes de simular com propriedade o fenômeno do colapso [em supernovas] em 3D”.

O trabalho, publicado recentemente na revista Astrophysics Journal, foi feito por supercomputadores de Princeton e do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, também nos Estados Unidos, que demoraram entre uma semana e um mês para fazer as simulações e partiram do pressuposto que a explosão de uma supernova não é bonitinha no formato de uma esfera, mas totalmente assimétrica e afetada pelas instabilidades dentro do seu núcleo como na imagem que ilustra este texto. Um detalhe curioso: os computadores demoraram todo este tempo para simular um fenômeno que ocorre em cerca de um segundo (veja video abaixo com a simulação)


Membros originais do Alice Cooper Group reúnem-se e preparam disco

Em entrevista ao site Brave Words, o baterista original do Alice Cooper Group, Neal Smith, declarou que ele, Alice, Michael Bruce (guitarras, teclados) e Dennis Dunaway (baixo) se reuniram em estúdio e já gravaram algumas músicas a serem lançadas no futuro. A produção está a cargo de Bob Ezrin, que já trabalhou com o grupo nos clássicos Love it to Death (1971), School's Out (1972), Billion Dollar Babies (1973) e Welcome to My Nightmare (1975, já com Alice Cooper como artista-solo). Em declarações registradas no passado, Alice descrevia Ezrin como "o nosso George Martin".

Além disso, os músicos se reunirão no palco em dezembro, na cidade de Phoenix, Arizona, para a já tradicional apresentação de Natal organizada pelo vocalista. O objetivo do evento é angariar fundos para a Solid Rock Foundation, instituição que ajuda centros recreacionais para jovens. 



Por João Renato Alves
Jornalista e Colecionador
Collector´s Room


Não peça jogador, palmeirense.

A Traffic já vai trazer Paul McCartney. Você e o Felipão querem mais?


Paul McCartney no Brasil.
Três shows em novembro.
Um em Porto Alegre, no Beira-Rio, dia 7.
E dois em São Paulo, no Morumbi, dias 20 e 21.
Antes de fazer as contas de quanto gastará para ver os shows obrigatórios, pense em um detalhe.
Quem está por trás da esticada do lado comercial do Beatles no Brasil?
Qual empresa pagará os US$ 2,5 milhões por cada show a Paul?
Quem pôde assegurar os cerca de US$ 15 milhões, já que cada show exige US$ 5 milhões de investimento?
A Planmusic.
Quem?
A subsidiária de uma empresa muito conhecida.
Senta e chora, palmeirense.
A Traffic.
A investidora que parou de colocar jogadores importantes no clube.
A parceria travou quando o Palmeiras não se garantiu na Libertadores deste ano.
Os seguidos vexames só estimularam os donos da Traffic a pensarem nos Beatles.
O retorno é garantido.
O lucro fantástico com Henrique e Keirrison não foi o bastante para segurar este amor.
Ao não ter o retorno esperado com Cleiton Xavier.
E a perda dos R$ 10 milhões com Diego Souza, fez os cofres se fecharam de vez.
Pensar que Montillo, Farias, Deivid foram oferecidos...
Mas que Palmeiras, o quê?!
A sugestão da empresa é, no máximo, convidar todos a irem ao Morumbi e ao Beira-Rio.
Pagando, lógico.
E cantar, a pleno pulmão, o tema musical do clube de Salvador Hugo Palaia e Felipão.


Fonte

sábado, 7 de agosto de 2010

O que realmente aconteceu com Jim Morrison?

A nova edição da revista Classic Rock mostra até agora o mais detalhado relato dos últimos dias de Jim Morrison, incluindo uma entrevista com Sam Bernett, o homem que reivindica que Morrison morreu na boate que estava gerenciando naquela noite, a Rock’N’Roll Circus. E a Classic Rock Magazine publicou em um texto online os relatos de Bernett do que aconteceu naquela noite fatal, cuja tradução segue abaixo:

Entrevista: Max Bell
Sam Bernett: Eu estava na boate aquela noite, 2 de julho, e Jim entrou por volta da uma da manhã, 3 de julho. Ele estava no bar, como era usual. Ele estava com alguns amigos que eu não conhecia. Ele estava esperando as pessoas trazerem alguns produtos para Pamela (nota do tradutor: ex-namorada de Jim Morrison). Ele estava esperando. Ele bebia, nós nos falamos, eu o ouvia. Eu estava ocupado como o gerente do clube. Eu não estava sempre próximo a ele. Eu trouxe a ele alguns drinks. Alguns caras vieram e então, por uns 20 minutos, ele não estava mais no bar. Ele desapareceu. Então a garota responsável pela chapelaria do andar de cima… me procurou.
Ela estava preocupada porque uma porta tinha sido trancada já havia um bom tempo e as pessoas estavam reclamando que não conseguiam entrar. Eles bateram na porta, alguém aí? Sem resposta. Então eu verifiquei com ela. Nenhuma resposta mesmo. Eu não sabia que Jim estava atrás da porta. Eu chamei meu segurança para arrombar a porta e lá dentro estava Jim. Sentado no banheiro sem reação, como se estivesse dormindo ou nocauteado, suas calças ligeiramente abaixadas. Ele estava sentado com sua cabeça para baixo e seus braços para baixo, como um cara morto.
Eu o agitei. Eu o olhei no rosto, sem reação. Ele tinha espuma no nariz e nos lábios. Eu falei para a garota conseguir um médico. Eu tinha um amigo, um cliente, lá toda noite – ele estava no clube. Ele veio, olhou para Jim, e começou um pequeno check-up. (Então) ele me olhou e disse: “Esse cara está morto”. Eu disse imediatamente: “Chamem os bombeiros, os paramédicos!” De repente dois caras que tinham estado no clube com Jim vieram e disseram: “Ele não está morto, ele só está um pouco acabado. Não chamem a polícia, não chamem sua família, nós o levaremos de volta pra casa”
Eu disse: “Não, isto é impossível. Nós temos que chamar a polícia e os médicos”. “Não”, eles disseram, “esqueça. Nós o levaremos para fora do clube. Nós podemos usar a porta dos fundos? Não a porta da frente”. “Não! Não podem”. Então o dono da boate foi chamado, todo mundo se dispersou – não Paul Pacini (o dono da boate), o braço direito de Jim. Ele disse: “Não chamem a polícia, nós não queremos encrenca. Eles fecharão o clube e nós teremos um escândalo”
Eu disse: “Você não pode fazer isso“. E ele disse: “Eu sou o chefe, você faz o que eu digo”. Os dois caras o pegaram e o levaram para fora do clube através do Alcazar (o clube vizinho ao Circus), então o levaram para a porta de entrada do clube oposto à Rua de Seine e que dá entrada para o Circus. O clube estava fechado, o cabaré tinha acabado, exceto poucas pessoas que olhavam para ver o que estava acontecendo.
A partir daí eu não sei o que aconteceu. Eles o levaram para o apartamento. Eles me contaram que o colocaram na banheira e esperaram por uma hora e meia as pessoas chamarem os paramédicos. Pâmela estava no apartamento, fora de si, gritando. Estava completamente transtornada.
Quando eu escrevi meu livro (publicado na França em 2007, The End – Jim Morrion) (nota do tradutor: O fim – Jim Morrison) eu fui à polícia e aos paramédicos. O bombeiro me contou que ele sabia que Jim tinha morrido mais cedo. “Esse cara já estava morto por algumas horas”. O comissário de polícia me contou a mesma coisa: “Nós sabíamos que havia alguma coisa errada com a história”. Eu não sei o porquê, mas ele disse: “É verão – olhe, eu estou saindo de férias amanhã”. Ele queria encobrir algo rapidamente, então ele assinou os papéis. Ele não acreditou na história que lhe contaram no apartamento. Foi estranho e falso, mas ele já tinha ido.
Eu não pude te contar [os nomes de] algumas pessoas que estavam no clube. Eu não pude colocá-los no meu livro [por razões legais]. Mas eu estou dando a vocês meu relato de vítima. O que aconteceu depois e o porquê dos policias e todo mundo mais que não me contaram a verdade, que encobriram algo, eu não entendo. Meu amigo médico estava certo de que Jim estava morto. Eu não irei dizer seu nome porque ele está morto, mas sua família ainda está viva.
Eu esperei 35 anos para contar minha história porque eu fiquei de saco cheio com as pessoas me fazendo perguntas toda as vezes em que a data da morte de Jim está próxima. Minha esposa disse: “Pare de se lamentar e escreva seu livro então”. Eu não mantive minha boca fechada antes disso – eu apenas não fui à imprensa por vontade própria. Eu me lembro de um jantar em que eu estava sentado próximo à mãe do Oliver Stone – isso foi quando ele estava fazendo o filme de Jim e dos The Doors. E eu contei a ela: “Olhe, eu sei o que aconteceu, se seu filho estiver interessado”. Eu contei a ela o que eu sabia, porém Stone não se incomodaria com aquela versão. Talvez ela nunca tenha lhe contado. Mas você sabe, a versão americana da morte do Jim é tolice. Sem sentido. A versão francesa está perto da verdade. Os americanos são ingênuos.
Você já chegou a pensar que o episódio da heroína foi apenas um horrível engano? Que ele pensou que estivesse tomando cocaína, por exemplo?
Sam Bernett: Sim, eu penso freqüentemente que ele tomou heroína por engano. É possível, claro. Ou era a heroína para Pâmela ou na verdade para ele? Mas não foi a primeira vez que ele se drogou. Eu não acho que ele estava tentando cometer suicídio. Não havia razão para ele cheirar heroína 90% pura, mas talvez aquilo foi seu erro. Aquela coisa era forte o suficiente para matar você em menos de um minuto se você não soubesse o que estava fazendo.
Mas você vê, a heroína era muito comum no cenário underground em Paris, especialmente entre os músicos. Muito mais comum do que a cocaína que ainda era muito rara. A heroína era grande com o “demi monde, a la mode” com pessoas como Chet Baker (nota do tradutor: trompetista famoso de jazz norte-americano), a droga circulava especialmente com os caras do jazz nos clubes no Latin Quarter.
Quanto a Morrison, eu sei que ele ficava de saco cheio de ser um artista pop. Ele queria ficar em Paris e escrever sua poesia. Isso é o que ele sempre me contou. "Estou cansado de The Doors. Eu quero desistir".
E ele fez isso. Ele desistiu para sempre.

domingo, 14 de março de 2010

http://www.youtube.com/watch?v=b69IaOsoQ98

Vejam a sequencia também.

*Roubei do professor Rodrigo*

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Criacionismo

Uma prévia do trabalho. Divirtam-se


A Evolução do Criacionismo
O Criacionismo, como tudo no universo, também evolui. Mas, diferente de muitas outras coisas que apenas mudam sem ter necessariamente algum parâmetro, há uma nítida característica na evolução criacionista. Ou seja, o Criacionismo está submetido aos mesmos princípios de Seleção Natural, Adaptação e Sucesso Reprodutivo, que permeiam a evolução dos seres vivos. Em síntese, a evolução do criacionismo se dá no sentido de adaptá-lo, ou não, aos ambientes.
                                   CRIACIONISMO MITOLÓGICO
Essa primeira fase é caracterizada pela pura e simples leitura literal da Gênese como explicação para as origens, ignorando qualquer forma de explicação alternativa. Não havia diálogo com a ainda recente tradição evolucionista. Os poderes políticos locais onde o fundamentalismo cristão era forte simplesmente criaram leis para proibir o ensino do Evolucionismo.
O exemplo mais famoso é o Butler Act, do estado do Tennessee A lei, de 1925, tem esse nome devido a seu criador, o fazendeiro John Washington Butler (que era “deputado” local na “Câmara” representativa do estado). Ele admitia não conhecer coisa alguma sobre Teoria da Evolução, mas estava convencido de que ela era perigosa.
Verdade seja dita, não era uma lei muito severa. Previa no máximo uma multa de 500 dólares para o infrator, ainda que naquela época esse valor fosse relativamente bem maior do que é hoje. De qualquer modo, a pena praticamente não chegou a ser aplicada devido a lei praticamente não ter sido violada. (Observe que ela não proíbe o ensino de evolucionismo em geral, mas sim somente a origem evolutiva humana.) Embora tenha sido objeto de debates e críticas em diversas instâncias jurídicas, ela só foi definitivamente removida da legislação estadual em 1967.
Mas foi desta lei que, em 1926, ocorreu o famoso episódio Scopes Trial, também conhecido como "Julgamento do Macaco". Onde o professor John Scopes, orientado pela União Americana pelas Liberdades Civis deliberadamente violou a lei para chamar atenção para o absurdo jurídico e educacional que a caracterizava. Episódio este que gerou repercussão mundial e inspirou o filme Inherit The Wind.
Não fosse o caso Scopes e toda a imagem negativa que causou nos estados que adotaram tais leis, que ficaram com a pecha de retrógrados em plena era de modernização, é possível que o Fundamentalismo Cristão tivesse ficado satisfeito com o modo como as coisas eram, e assim como estava bem adaptado às Igrejas, o Criacionismo ficasse estacionado em sua espécie jurídica.
Mas as leis não puderam impedir que a evolução continuasse a ser ensinada, e sem conseguir eliminar o evolucionismo das escolas, o Criacionismo só tinha uma opção: EVOLUIR!


CRIACIONISMO "CIENTÍFICO"
Não tenho relatos de um único exemplo de alguém que tenha abandonado o cristianismo, ou deixado de se converter, por causa da Evolução Biológica ou qualquer outra questão naturalista. Mesmo assim os Criacionistas acham que a Teoria da Evolução é uma ameaça a sua fé, e então, para defendê-la, decidiram que ela não era suficiente. Não bastava a Bíblia, Deus e Jesus. A Fé precisava do apoio do Ciência.
O Criacionismo "Científico" é um conjunto de recursos argumentativos que visa mostrar que a Criação conforme entendida literalmente na Gênese. É um evento que pode ser inferido por evidências na natureza, da mesma forma como a Evolução é. Na verdade, vão mais longe. Apesar de nunca terem dado um único passo no estudo da natureza antes do evolucionismo, passaram a dizer que na verdade somente a criação era sustentada pelas evidências.
Evidentemente, é um ponto de partida bem complicado, pois EVOLUÇÃO, sendo TRANSFORMAÇÃO, é um FENÔMENO FACILMENTE OBSERVÁVEL. Pode não ser fácil observar uma longa série de transformações, e é evidentemente impossível observar toda a série de transformações ocorrida nos bilhões de anos passados. Mas isso não muda o fato de, em algum nível, EVOLUÇÃO É FATO. Se suas conseqüências estão sendo exageradas, é uma outra discussão.
Por outro lado, CRIAÇÃO NÃO É OBSERVÁVEL EM NÍVEL ALGUM. Não se pode ver sequer uma Micro-Criação para supor uma Macro-Criação. Simplesmente não há Criação alguma, em lugar algum, e nem sequer pode ser concebida sem violar o Primeiro Princípio da TERMODINÂMICA.
Portanto, o fundamento primário da "Ciência" Criacionista é absolutamente inexistente. Uma suposição cuja única alegação não vem nem sequer da Bíblia, onde também NÃO EXISTE CRIAÇÃO A PARTIR DO NADA. Para qualquer linha de pensamento que se proponha entrar na definição de ciência, isso é mais do que suficiente para inviabilizar a empreitada.
Além do mais, isso explica porque de fato não há uma única proposição científica criacionista. O Criacionismo "Científico" é, basicamente, uma série de críticas ao modelo evolutivo, da quais parte vem do próprio evolucionismo, parte vem da filosofia, e a maior parte pura e simplesmente de inverdades acerca do modelo evolutivo. O motivo da rejeição é o óbvio fato de que o Criacionismo "Científico" não se trata de ciência, mas sim de apologética religiosa, mesmo que, nos manuais produzidos para o ensino secular, se tenha tido o cuidado de suprimir a maior parte dos conteúdos abertamente teísticos e bíblicos. Como, no entanto, foi impossível disfarçar o teor religioso proselitista, isso levou ao outro motivo que é o simples fato de, sendo os EUA um país oficialmente laico, não pode patrocinar nem favorecer religião alguma por meio do aparelho estatal, que era exatamente a intenção dos criacionistas.
Enquanto o criacionismo anterior pretendia eliminar diretamente o evolucionismo, sem nenhuma condolência e pela pura e simples força autoritária, este, o Criacionismo "Científico", pretendia competir com ele, no terreno educacional extra religioso,

CRIACIONISMO "FILOSÓFICO"
Foi demonstrado juridicamente aquilo que é cientificamente consolidado e filosoficamente claro, que o Criacionismo não pode ser Ciência, e não pode deixar de ser uma Ideologia religiosa. Para todos os efeitos práticos, os criacionistas admitiram esse veredicto, tanto que o utilizaram em sua nova estratégia, que é acusar o Evolucionismo de ser da mesma natureza, isto é, uma CONSPIRAÇÃO IDEOLÓGICA, e não rara considerá-la como uma forma de "Religião Humanista".
Essa nova modalidade de criacionismo, não por acaso, irá se evidenciar na década de 1980, quando os criacionistas viram suas pretensões educacionais serem definitivamente frustradas. Dessa forma, partem para uma recuperação da velha estratégia, tentar impedir o ensino do evolucionismo. Não possuindo mais os poderes legais para uma simples proibição direta autoritária, tentaram então usar o mesmo argumento que os derrubou a seu favor, acusando o evolucionismo de não ser ciência, e como tal, também não poder ser ensinado em escolas. Diferente dos estágios anteriores, porém, há algo de válido no cerne dessa abordagem. É que evidentemente cabem críticas filosóficas ao modelo evolucionista, e a qualquer modelo científico, mas a Biologia tem a especialidade de ser uma área científica menos matematizada e mais voltada a sistemas complexos que as demais ciências naturais, o que torna uma teoria tão vasta e histórica como a Teoria da Evolução singular entre as demais teorias científicas. A Estrutura da Revolução Biológica. Ademais, essa nova forma de Criacionismo permite trazer para dentro do debate elementos e pensadores de peso, como Filósofos da Ciência e Epistemólogos, fazendo as críticas ao modelo evolutivo irem muito além das meras propostas teológicas e de críticas ingênuas de teor científico, ou mesmo desonestas. Exatamente por essa complexidade maior, no entanto, pode-se dizer que essa forma de criacionismo é muito menos popular que a anterior, e normalmente está quase sempre atrelada a outras. Em especial a próxima, a qual ajudou muito a se desenvolver.
Infelizmente, a maior repercussão foi baseada na acusação de o evolucionismo ser uma forma de religião, e se o estado não pode subvencioná-la, não poderia ela ser ensinada em escolas. Alguns exemplos foram os casos Segraves (1981) e Peloza (1994).